Métodos


A caracterização agroecológica e sócio-econômica dos seringueiros da Bacia do Rio Tejo seguiu fases de obtenção e tratamento dos dados em aproximações sucessivas, tanto em laboratório, como no campo (figura 2).

Fluxograma das etapas metodológicas para a caracterização agroecológica e
sócio-econômica dos habitantes da Bacia do Rio Tejo, AC.


Obtenção dos Dados

A avaliação preliminar da área e de seus habitantes foi realizada através da análise do material bibliográfico, cartográfico e de imagens atuais do satélite LANDSAT TM (op. cit.).

As imagens em produto fotográfico na escala 1/100.000 foram interpretadas opticamente através da utilização de mesas de luz e lupas planas. Foram cartografadas a rede hidrográfica e as pequenas áreas onde a floresta foi derrubada para a instalação das colocações dos seringueiros.

A imagem digital sofreu manipulação no Sistema de Tratamento de Imagens (SITIM), onde técnicas de realce em escalas maiores que 1/100.000 apoiaram a identificação dos padrões analógicos.

As imagens em papel nas bandas 3, 4, 5 (falsa cor) e banda 3 (monocromática) permitiram a delimitação das colocações de seringueiros. Estes padrões espaciais foram reconhecidos em laboratório e o esboço transposto para acetato.

Em Cruzeiro do Sul, as colocações foram ratificadas e identificadas com suas toponímias pela Associação dos Seringueiros da Bacia do Rio Tejo. Um resumo das etapas de elaboração deste mapa está hierarquizado na figura 3.

Fluxograma das etapas de constituição do Mapa das Colocações de Seringueiros na Bacia do Rio Tejo, AC.

Também através de interpretação analógica e classificações digitais no SITIM resultou um mapeamento preliminar das principais formações vegetais da Bacia do Rio Tejo.

Delimitadas por suas feições fitofisionômicas e identificadas em sobrevôo a baixa altitude, as 13 classes mapeadas foram amostradas através de fichas com variáveis descritivas (Anexos). A figura 4 apresenta o fluxograma das fases de constituição do mapa de vegetação.

Fluxograma das etapas de constituição do Mapa das Unidades Homogêneas de Vegetação da Bacia do Rio Tejo, AC.

Na etapa de campo foi percorreda a área de estudo, seguindo um plano de amostragem constituirão em conjunto com seringueiros locais. Procurou-se otimizar a viagem, de forma a permitir a visita ao maior número de colocações no tempo disponível. Ao longo deste trajeto, foram aplicadas fichas pré-codificadas referentes a aspectos sócio-econômicos e fitoecológicos e elaborados alguns perfis da vegetação.

As fichas sócio-econômicas possuem 59 descritores, registrando informações sobre a localização, aspectos sociais, infraestrutura, produções agropecuária e extrativista para 80 colocações, cerca de 60% do total mapeado. As fichas fitoecológicas contêm três partes principais: identificação da estação amostral, dados sobre o meio físico e informações descritivas sobre a vegetação.

Tratamento dos Dados Após a fase de obtenção, o tratamento dos dados numéricos foi realizado através da utilização de microcomputadores PC 386, 486 e periféricos.

Os dados espaciais foram organizados em um banco geocodificado para a Bacia do Rio Tejo na escala 1/100.000 com planos de informação relativos às áreas de ocupação humana e rede hidrográfica da Bacia.

Na informatização dos dados numéricos, foi utilizado o logicial DBase III Plus. Após a conversão dos arquivos para o formato ASCII, procedeu-se às estatísticas necessárias para análise dos dados através da utilização do logicial SOC, desenvolvido pela Embrapa-NTIA. Foram calculados parâmetros como freqüências absolutas, relativas e acumuladas, média, desvio padrão, valores mínimos, máximos, soma, coeficiente de variação e algumas divisões em classes.

Os dados numéricos obtidos através da aplicação dos questionários foram organizados, informatizados e analisados, permitindo a elaboração dos resultados apresentados a seguir. Um fluxograma das etapas metodológicas para constituição do perfil sócio-econômico dos seringueiros da Bacia do Rio Tejo pode ser visualizado na figura 5.

Fluxograma das etapas de constituição do perfil sócio-econômico dos seringueiros da Bacia do Rio Tejo (AC).