Na bacia amazônica, com mais de 7 milhões de quilômetros quadrados, o desenvolvimento sustentável é um triplo desafio. Em primeiro lugar a enorme extensão envolvida, aliada à heterogeneidade de situações ecológicas e à dinâmica ali existentes dificultam a detecção e compreensão dos processos envolvidos. O segundo desafio é devido à crescente multiplicidade de entidades envolvidas nos processos de ocupação deste espaço, que apresentam uma grande variedade de lógicas e riqueza de métodos de trabalho. O terceiro desafio é reunir, compartilhar, sintetizar, analisar e debater a grande quantidade de informações existentes sobre a região em bases comuns, geocodificadas, atualizáveis e compartilháveis de forma acessível aos mais diversos níveis de interesse.
O processo de ocupação de novas áreas na Região Amazônica tem gerado grandes conflitos entre os novos colonos e as populações já residentes, muitas vezes pouco conhecidas e desprovidas de aparelhos legais que garantam a posse das terras que ocupam. Após o assassinato de Chico Mendes em Xapuri (AM), líder da comunidade de seringueiros local estes conflitos se tornaram internacionalmente conhecidos.
A falta de informações a respeito das populações extrativistas existentes da Amazônia é um dos fatores que limitam seu próprio desenvolvimento e auto-sustentabilidade. A preocupante situação social dos povos da floresta em geral e dos seringueiros em particular, onde o isolamento geográfico, o elevado índice de analfabetismo e os graves problemas de saúde pública mantêm muito baixa a qualidade de vida, sugerem estudos mais aprofundados.
Frente a este panorama foi realizada uma qualificação sócio-econômica da região da Bacia do Rio Tejo, AC. Este trabalho oferece respostas a questões como:
Através do desenvolvimento de estudos em laboratório e de uma etapa de campo, realizou-se um trabalho para obtenção de parâmetros agroecológicos e sócio-econômicos (perfil dos habitantes e dos seus sistemas de produção) sobre a área, que possibilitaram sua caracterização e qualificação.
