Resultados


Cartografia do Uso Atual das Terras

Mapeamento das Colocações de Seringueiros

O mapa das colocações na bacia do rio Tejo, AC, na escala 1/100.000 reconhece um total de 145 colocações, distribuídas principalmente ao longo dos rios e igarapés (Anexos). Com uma densidade de aproximadamente 1 colocação/28 km², cada agrupamento explora uma determinada área de floresta através do extrativismo vegetal e animal e desmata cerca de 2 a 5 ha para plantio e pecuária.

No mapa, as várias manchas para uma mesma toponímia representam áreas de roçados, pastagens e terreiros de cada colocação.

A localidade de Restauração, com cerca de 10 casas é o principal centro cooperativista local. Além dela, a Associação dos Seringueiros mantém gerências em outros pontos da Bacia do rio Tejo. O deslocamento na área é feito através de canoas pelos rios e igarapés ou a pé por trilhas no interior da floresta.

Mapa Preliminar da Vegetação

Em um contexto regional, a Amazônia pode ser distinta fisiográfica e biologicamente do restante da América do Sul por sua densa floresta e grande biomassa (PIRES & PRANCE 1985).

As florestas ocorrem quando a área basal atinge cerca de 10 m²/ha. Geralmente caracterizadas pela ausência das famílias Poaceae e Cyperaceae, quanto mais densas, menor importância tem seu estrato arbustivo, as plantas herbáceas e lianas (PIRES & PRANCE op. cit.).

Nas imagens de satélite procurou-se identificar as zonas isófenas: áreas funcionalmente semelhantes na paisagem.

Fisionomicamente, ocorrem na hiléia vários tipos de formações vegetais. Associadas a distintos climas, substratos geológicos, tipos de relevo e condições ecológicas, os próprios habitantes locais reconhecem a diversidade vegetal das áreas que ocupam. Com diferentes nomenclaturas, seus limites não são absolutos mas qualitativamente definidos.

Na Bacia do rio Tejo ocorrem cinco unidades básicas de vegetação:

No contato destas formações homogêneas, ocorrem associações complexas.

A Mata de Terra Firme, como é chamada pelos seringueiros, é o principal tipo de floresta da Bacia do rio Tejo. Representando cerca de 90% das florestas da Amazônia, é caracterizada por uma formação vegetal de grande biomassa, árvores altas, copas fechadas e lianas pouco numerosas (GOODLAND & IRWIN 1975). Nesta porção do Acre a Mata Bruta ou de Terra Firme é também descrita como Floresta Tropical Aberta com Palmeiras (RADAM Javari).

Diferente do Igapó, que permanece inundado durante parte do ano, a Floresta de Várzea situa-se próxima aos cursos d'água, sendo alagada sazonalmente de acordo com sua altura em relação ao rio ou igarapé. Embora apresente menor diversidade biológica e altura de seu estrato arbóreo que a Mata de Terra Firme, na Floresta de Várzea também ocorrem indivíduos de grande porte, principalmente de espécies como a samaúma (Ceiba pentandra) tachi, pau mulato, sororoca, etc. Mais rarefeita que a Floresta de Várzea Fechada, a Floresta de Várzea Aberta também ocorre onde há excesso de umidade.

Diferenciada das outras unidades de vegetação por seu pequeno porte, as campinas apresentam árvores baixas, muito ramificadas e com muitas epífitas. Distribuídas por todo o Acre, há algumas bastante isoladas, contribuindo para o aumento da diversidade biológica da região. Na Bacia do Rio Tejo destacam-se as formações campestres dos Igarapés Machadinho e Preto.